A cidade dos Deuses Selvagens

                             A Cidade dos Deuses Selvagens

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Escritora: Isabel Allende, nasceu em 1942 no Peru.

Obras: “O Bosque dos Pigmeus”,”O Reino do Dragão de Ouro”,”Eva Luna”, “A casa dos Espíritos”, “Para Lá do Inverno”... 

Editora: Círculo de Leitores

Alexander Cold é um adolescente de 15 anos que vivia na Califórnia, ele tinha uma vida tranquila e sossegada  com duas irmãs mais novas e os seus pais, tinha tudo para levar uma vida normal, porém o destino quis que isso não acontecesse.

Descobriram que a mãe dele tinha cancro e teve de ir fazer um tratamento noutro estado, por essa razão a família ficou separada, as irmãs foram morar com a avó materna e Alexander com a avó paterna Kate Cold, ela era uma escritora excêntrica  que escrevia para a International Geographic, viajando pelo mundo atrás de histórias.

De repente Alexander sai da alegre Califórnia para a fria Nova Iorque, morar com uma avó que tem uma ideia muito diferente de como educar os seus netos, nada de carinho, mas sempre lições de vida, como empurrá-los para a piscina aos quatro anos para aprenderem a nadar, fumar charutos num carro fechado para mostrar o quão mau é o tabaco, ou simplesmente deixar o neto sozinho no aeroporto á sua espera numa cidade que ele nunca tinha pisado ou visto.

Após Alexander ser esquecido no aeroporto e ainda ter sido assaltado e quase morrer de frio, ele chega ao apartamento da avó, que o informa sobre a sua ida à Amazónia com uma expedição da revista International Geographic para procurar uma criatura chamada Besta.

Durante a expedição Alexander conhece Nádia e o seu amigo macaco chamado Borobá, ela era filha do guia e mais tarde tornou-se a sua melhor amiga e companheira de aventuras, conhece também personagens estranhos, personagens enigmáticos, vilões e pseudo-heróis, e aprende a cada momento que as pessoas são como a Floresta, nada é realmente aquilo que se está a ver.

No decorrer da história, acaba por se relacionar com índios ameaçados pelo homem que apenas quer explorar o ouro e as pedras preciosas da região. Aí Alexander descobre a sua missão e para a realizar, conta com a sua amiga Nádia. O que parecia lógico tornou-se absurdo e os desaparecimentos de Nádia e Alex, “sequestrados” pelo Povo da Neblina, deixou sem rumo os membros da expedição.

Essa  tribo acreditava que a sua permanência e preservação dependia da existência da Besta, portanto, procurava manter distantes os interessados nas riquezas da região quase inexplorada conhecida como Olho do Mundo.

Alex compreende a forma de vida dos índios, a importância da natureza e do universo ao seu redor, descobrindo que desta vida nada de material se leva, apenas a nossa espiritualidade!

Esta aventura é cheia de simbologias e crenças religiosas comuns na Floresta Amazónica, rodeada de visões e aparições de um Xamã, além de incorporações de personalidades de animais.

Alex, o protagonista, foi respeitado como um jaguar e Nádia sentiu-se a rainha do céu.

Se quiserem saber como isto aconteceu podem ler o livro. 

Gostei porque o livro mostra a que ponto o desejo pelo dinheiro leva o homem à loucura destruindo tudo o que é bonito e natural , chama a atenção para o mistério das nossas origens da nossa vida e de tudo o que nos rodeia, na minha opinião toda a gente devia ter uma aventura assim para se libertar psicologicamente de todas as pressões do dia-a-dia, do que a sociedade espera de nós e sobre todos os estereótipos que “definem” o que nós devemos ser ou não ser.

Se perguntarem por mim, fui ver a Lua! 💋

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